Trump vencedor
Ao final das eleições norte-americanas, consagrou-se vitorioso o ex-presidente republicano Donald Trump, que volta do poder, após uma longa espera de 4 anos com a derrota sofrida por Joe Biden.
Paulo Silva, economista e fundador da Consultoria Advisory 360, ressalta com exclusividade que uma política que busca equilíbrio fiscal pode beneficiar o Brasil nesse cenário de vitória de Trump, um político forte e de influência junto aos seus adeptos e eleitores assíduos de todos os estados norte-americanos. Para eles é uma glória o feito vitorioso de Trump, enquanto que, para os eleitores do perdedor, é como se fosse o fim do mundo, totalmente inaceitável.
Trata-se do nível de radicalização que tomou conta do país em uma corrida eleitoral que, a princípio, os dois candidatos à Casa Branca estavam mais ou menos equilibrados a conquistar a sede do governo americano, mas a surpresa sorriu para o lado do candidato republicano.
A potência econômica de Trump aumenta a pressão inflacionária e intensifica o ciclo de alta de juros por aqui. Diante disso, podemos esperar que haverá algumas alterações oriundas dessa última quarta-feira, dia 6 do corrente, somada a outros fatores que sugerem isso, afirma o economista Paulo Silva.
Ao olhar para a nossa economia, essa valorização da moeda americana pode encarecer situações importadas, caso o cenário seja de aversão ao risco nos mercados globais e se o fluxo de capitais imigrar fortemente para os EUA, diz o economista Sidney Lima de Ouro Preto.
A agenda de Donald Trump promete colocar em prática em seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos com deportação em massa de imigrantes sem documentos, um fato que deverá tomar novos rumos a vida pública americana, alimentando a inflação e reduzir a corrente de comércio global, dizem os analistas ouvidos de diversas partes do Brasil.
Uma combinação que terá efeitos negativos a curto prazo para a economia do Brasil, que deve se preparar para enfrentar um ciclo de dólar mais alto e possível a redução das exportações para seu segundo maior parceiro comercial dentre tantos outros que figuram dentro desse contexto.
Entre as propostas de Trump que suscitam maior preocupação entre especialistas está o aumento generalizado das tarifas de importação praticadas pelos EUA, de 10% para 20% para todos os seus parceiros comerciais de 60% para todos os produtos da China, tratada como inimiga na retórica trumpista e sobretaxas de mais de 100% em circunstâncias específicas.
O republicano argumentou durante a campanha que o tarifaço incentivaria as empresas a produzirem mais nos Estados Unidos e aumentar consideravelmente empregos no país.
A maioria dos especialistas desaprova. Em uma consulta realizada pelo jornal americano The Wall Street Journal com 39 economistas todos desaprovaram a medida, única posição unânime diante de uma lista de propostas polêmicas das candidaturas tanto do republicano quanto de sua adversária derrotada Kamala Harris.
Que seja bem sucedido o republicano vencedor das eleições e que satisfaça o desejo dos americanos em elevar o desenvolvimento de uma das maiores potências do mundo.
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