Tron: Ares continua o legado do primeiro filme a usar CGI
Tron: Ares é o mais recente capítulo da franquia Tron, produzida pela Disney, que retorna às telas quase 15 anos após Tron: Legacy (2010). O filme, em exibição no Grupo Cine de Catanduva, funciona tanto como continuação quanto como uma espécie de “soft reboot” da saga, introduzindo novos personagens e ideias, embora mantendo raízes com os filmes anteriores.
A história gira em torno de Ares (Jared Leto), um programa digital altamente avançado, que é retirado do mundo virtual (o Grid) e enviado para o mundo real com uma missão perigosa. Durante essa transição, Ares começa a questionar seus próprios códigos e origens, e o filme explora temas como inteligência artificial, identidade, o que significa ser “humano”, empatia, e os limites entre o digital e o real.
Há um contraste entre os perigos do mundo real e as regras rígidas do mundo digital, e a narrativa gira em torno do conflito tanto interno (Ares duvidando de si mesmo) quanto externo (ameaças advindas desse choque entre real e digital). O elenco também conta com a volta de Jeff Bridges, que protagonizou o primeiro filme nos anos 80, no papel de Kevin Flynn e sua versão digital Clu, papel reprisado dos filmes anteriores. Entre as novidades, além de Evan Peters, como Julian Dillinger, membro de uma família/clã “Dillinger” maligna da franquia e a presença de Gillian Anderson (a icônica Scully, de Arquivo X) como Elisabeth Dillinger, entre outros.
O filme é dirigido por Joachim Rønning, que tem em seu currículo, Malévola: Dona do Mal, Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar, entre outras obras com grande apelo visual. O que também acontece com a estética futurista tradicional da franquia, que foi atualizada. Tron: Ares tem um orçamento relativamente alto de 180 milhões de dólares.
Para situar Tron: Ares no universo da franquia, ele mantém elementos como o Grid, programas digitais, e a dicotomia entre realidade física e virtual, características centrais dos filmes anteriores. O filme ainda tenta trazer mais emoção e humanidade para a franquia, talvez corrigindo o que o diretor considera ausente em versões anteriores.
Segundo ele, Ares é uma espécie de Pinóquio digital: um programa que quer ser “uma pessoa de verdade”, experimentar o mundo real, e descobrir sua humanidade.
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