Transtorno Bipolar: Entre Altos Extremos e Caminhos para o Equilíbrio

O transtorno bipolar é uma condição de saúde mental caracterizada por mudanças extremas no humor, na energia e no comportamento. Ao contrário do que muitos pensam, não se trata apenas de uma alternância rápida entre alegria e tristeza. O transtorno envolve episódios de mania, nos quais a pessoa pode se sentir extremamente eufórica, cheia de energia e com uma autoconfiança exagerada, a ponto de adotar comportamentos impulsivos e perigosos. Um exemplo clássico é o de alguém que tenta pular de um prédio acreditando que pode voar. Além disso, há também períodos de depressão profunda, marcados por desânimo, falta de energia e pensamentos negativos persistentes, o que pode comprometer a qualidade de vida do paciente.

O uso de drogas pode agravar significativamente os sintomas do transtorno bipolar. Substâncias como álcool, maconha e estimulantes podem desencadear ou intensificar episódios maníacos e depressivos, tornando o controle da doença mais difícil. Por isso, evitar o consumo dessas substâncias é fundamental para o tratamento e a estabilização do quadro. O tratamento do transtorno bipolar é contínuo e envolve tanto a abordagem medicamentosa quanto terapias não farmacológicas. O uso de estabilizadores de humor e outros medicamentos prescritos por psiquiatras é essencial para controlar os episódios de mania e depressão, mas o sucesso do tratamento também depende de outros fatores. Terapia psicológica, prática regular de exercícios físicos, alimentação equilibrada e um sono adequado são fundamentais para o bem-estar do paciente.

A rede de apoio desempenha um papel crucial na vida de quem tem transtorno bipolar. Familiares e amigos precisam compreender a condição e oferecer suporte emocional, ajudando a pessoa a seguir o tratamento corretamente. Durante episódios de mania, é importante evitar confrontos diretos sobre delírios de grandeza, mas também estar atento a comportamentos de risco. Criar um vínculo de confiança e estabelecer um diálogo tranquilo pode ser uma maneira mais eficaz de ajudar, desviando o foco da crise e reforçando a segurança do indivíduo. 

Por se tratar de uma condição crônica, o transtorno bipolar exige acompanhamento constante e estratégias para minimizar os impactos na vida do paciente. Com o tratamento adequado e uma rede de apoio presente, é possível alcançar uma melhor qualidade de vida e reduzir os riscos associados à doença.

 

Ana Izabel Ribeiro de Oliveira

Louise Benitez Goloni

4º ano Medicina

 

Foto: https://danielgoncalvespsiquiatra.com

Autor

Doses de Informação - Fameca/Unifipa
Pílulas mensais sobre a saúde | Projeto de Extensão Universitária da Faculdade de Medicina de Catanduva - Unifipa | Orientadoras: Prof.ª Dr.ª Adriana Sanchez Schiaveto e Prof.ª Ma. Juliana Guidi Magalhães