Onze casamentos entre pessoas do mesmo sexo foram registrados em Catanduva no ano passado, número que quase dobrou em oito anos e manteve-se em números elevados apesar da diminuição dos casamentos em geral durante a pandemia do novo coronavírus.

Em todo o Estado de São Paulo, a participação dos casamentos homoafetivos aumentou de 0,7% (2013) para 1,4% (2021) no todo e chegou a 24.300 uniões celebradas nesse período, sendo 62,3% entre mulheres e 37,7% entre homens.

A possibilidade de união estável entre pessoas do mesmo sexo completou 10 anos de existência no Brasil, justamente em 2021. A prática só foi adotada por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132 — o direito de formalizar um relacionamento homoafetivo, oficializada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Muito além de estatísticas e normas, isso tudo mostra avanço social e de cidadania em um país que continua sendo racista, homofóbico, machista e mantendo todo tipo de preconceito, ainda que velado, o que é por vezes ainda mais perigoso.

É motivo para celebrar avanços e entender que há muito ainda a ser feito neste sentido, com foco na igualdade, no respeito às diferenças e na ideia de vale todo tipo de amor.