Thunderbolts, o mais recente lançamento da Marvel Studios, chegou aos cinemas brasileiros em 1º de maio de 2025 (em Catanduva, no Grupo Cine, no Shopping), um dia antes da estreia nos Estados Unidos. Dirigido por Jake Schreier (Cidades de Papel, Frank e o Robô) e com roteiro de Lee Sung Jin (Treta) e Joanna Calo (O Urso), o filme apresenta uma abordagem mais sombria e ousada do Universo Cinematográfico Marvel (MCU), centrando-se em uma equipe de anti-heróis com passados complexos e moralidade ambígua. A produção começou a ser gestada na época em que filmes como Esquadrão Suicida, Coringa e outros anti-heróis e vilões estavam em voga. A Marvel, tradicionalmente, é conhecida por produções mais coloridas e com certo humor, além dos roteiros inseridos na continuidade de seu universo compartilhado. As mais recentes produções do estúdio foram do péssimo (Quantumania) ao apenas razoável (Capitão América: Admirável Mundo Novo). Por isso, as expectativas com Thunderbolts estavam tão altas quanto ansiosas.   

A história do filme se passa após os eventos de Vingadores: Ultimato, quando a diretora da CIA Valentina Allegra de Fontaine (Julia Louis-Dreyfus, de Pantera Negra: Wakanda Para Sempre) reúne um grupo de indivíduos problemáticos para uma missão secreta em Nova York. A equipe, composta por Yelena Belova (Florence Pugh, de Viúva Negra), Bucky Barnes (Sebastian Stan, que surgiu em Capitão América: Soldado Invernal), Guardião Vermelho (David Harbour, de Viúva Negra), John Walker (Wyatt Russell, que assumiu o manto do Capitão América na série Falcão e Soldado Invernal), Ghost ou Fantasma (Hannah John-Kamen, de Homem-Formiga e Vespa) e Taskmaster ou Treinadora (Olga Kurylenko, de Viúva Negra), enfrenta uma armadilha mortal que os força a confrontar seus traumas e buscar redenção. Durante a missão, eles resgatam Bob (Lewis Pullman), um homem com poderes imensos devido ao Projeto Sentinela, e o ajudam a resistir à entidade destrutiva conhecida como Void. É a primeira vez que o personagem Sentinela (conhecido como o “Superman da Marvel” aparece no MCU). 

A dinâmica entre os personagens, especialmente a relação entre Yelena e Guardião Vermelho, ambos vindos do mesmo projeto relacionado ao grupo das Viúvas Negras, da Rússia, adiciona profundidade emocional à narrativa.

A produção do filme sofreu atrasos devido às greves de roteiristas e atores em 2023, com Harrison Ford (que dispensa apresentações como Indiana Jones e Blade Runner), assumindo o papel de Thaddeus “Thunderbolt” Ross, anteriormente interpretado por William Hurt (O Incrível Hulk,2008), que faleceu em 2022. Ford teve sua estreia no MCU no filme Capitão América: Admirável Mundo Novo, no papel de presidente americano e Hulk Vermelho.

Thunderbolts se destaca por seu tom mais sombrio e ousado, explorando temas como redenção, saúde mental e dinâmicas familiares complexas. A narrativa é mais contida, com cenas de ação mais realistas e menos dependência de CGI, o que lhe proporciona uma experiência cinematográfica diferenciada dentro do MCU.

O filme apresenta duas cenas pós-créditos (spoiler): na primeira, Valentina rebatiza publicamente os Thunderbolts como os “Novos Vingadores” (cujos filmes já estão programados), surpreendendo a equipe e o público. Na seguinte, A equipe se instala na Torre dos Vingadores e testemunha a chegada de uma nave com o símbolo do Quarteto Fantástico, indicando futuras conexões no MCU, em 2026.

Nos quadrinhos, sua origem, os Thunderbolts foram criados por Kurt Busiek e Mark Bagley, aparecendo pela primeira vez em The Incredible Hulk #449, em 1997. Originalmente, o grupo era composto por vilões disfarçados de heróis, liderados pelo Barão Zemo. Com o tempo, a equipe passou por diversas formações, muitas vezes composta por vilões ou anti-heróis buscando redenção. Uma redenção buscada atualmente pela Marvel para seus filmes de super-heróis.