Tentativas e erros
Catanduva parte para mais uma iniciativa ambiental com a instalação de 50 pontos para coleta de óleo usado. Para cada litro de óleo usado doado, o morador ganhará, em troca, uma barra de sabão ecológico para uso na limpeza doméstica. Essa não é a primeira vez que o município se prontifica a adotar ações permanentes voltadas à área ambiental. O problema é que nem todas vingaram, seja por desorganização de quem propôs ou pela falta de envolvimento das pessoas. Há pelo menos três ou quatro mandatos, a cidade começou a ganhar Ecopontos que receberiam, à época, todo tipo de material reciclado. Não há como saber se o óleo usado estava nos planos. Esse produto chegou a ser recolhido pela iniciativa privada, mas a informação não chega a todo mundo sem apoio da estrutura pública já implantada, como postos de saúde e escolas. Estruturalmente, o tal Ecoponto chegou até a existir – um deles estava encostado nos predinhos da rua Colina, no Parque Glória, mas na prática o projeto não saiu do papel. Tais estruturas foram desmontadas com o passar dos anos e, recentemente, o governo municipal anunciou projeto semelhante, porém voltado ao descarte de entulhos e rejeitos da construção civil. É um recomeço. A cidade também já teve projeto direcionado à coleta de pilhas e baterias, em que até mesmo os recipientes utilizados eram fruto de reciclagem e/ou reaproveitamento de materiais. Ao longo do tempo, aparentemente, tudo se perdeu. Na Saec, a coleta até acontece, mas não há uma estrutura aparente e chamativa para essa finalidade, restando para a iniciativa privada esse tipo de organização, com pontos espalhados pelo comércio. Mesmo a coleta de recicláveis casa a casa não envolve trabalho mais amplo de conscientização, que deveria existir, para fazer valer o esforço dos coletores e ajudar, de fato, o meio ambiente.
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