Tenha um Plano de Vida

Nós podemos tentar e falhar. Tentar, tentar e tentar tantas vezes quanto nossas forças permitirem. Porém, na tentativa e na falha, algo de bom sempre se acumula: experiência. E a experiência, porque dotada de informações e conselhos que antes nós não tínhamos, acaba nos fornecendo orientação para, na próxima tentativa, conseguir evitar senão todas, mas ao menos algumas ou muitas ou até mesmo a maioria das falhas.

Para isto, é necessária a insistência. Ou melhor: a persistência. Só persiste quem definiu uma rota, um caminho, um objetivo, um alvo a ser alcançado. Não ter um plano executável é cair no caos de tentativas diferentes entre si, ou seja, que não podem produzir experiência, mas apenas erro e, consequentemente, frustração. Você precisa de um plano de vida se quiser que sua vida seja substancial e significativa.

E o primeiro passo é praticar o autoconhecimento e, a partir dele, conjeturar possibilidades existenciais sérias nas quais se deter. O primeiro passo que antecede, logicamente, ao segundo que é também o último: pôr as mãos à obra e executar o plano. É um perigo passar muito tempo divagando, navegando nas águas perigosas da conjectura abstrata que nunca acaba e que aliena da realidade.

Então, voltamos ao ponto da tentativa e do erro. Ter um plano que expresse nossas legítimas aspirações, que seja fiel ao nosso ser, pode levar tempo para chegar a um bom termo. No entanto, pelo simples fato de ser um plano fundamentado na integralidade da nossa alma, o próprio processo de execução se torna, por si, parte da conclusão, uma vez que a experiência (aquela experiência!) se consubstancia para sempre na nossa personalidade.

Quando um plano de vida é bem construído (O que você quer? Quando você quer? Como você quer?) os meios tornam-se tão importantes quanto os fins. E assim, você vai vivendo cada dia com o propósito de não perder nenhum dia, mesmo que ainda não tenha alcançado “o grande dia” da realização...

Autor

Dayher Giménez
Advogado e Professor