Temos muito a fazer

Queremos ter total segurança, nas ruas e em nossas casas. Isso é fato. Como querer não é poder e a vida em um país de desigualdades continentais, assim como seu próprio tamanho, traz consigo a difícil relação entre as classes sociais, é visível também que vivemos em guerra civil. Em função disso, a quantidade de vítimas da criminalidade em cidades como o Rio de Janeiro é maior do que muitas regiões de conflitos armados. O problema é que para as forças de segurança agirem como deveriam para proteger os cidadãos, são muitos pontos a avançar, a começar pela própria legislação, disponibilidade de pessoal, equipamentos e veículos, além da capacitação adequada. Numa questão básica, que é ter profissionais suficientes, a reportagem desta edição mostra que já falhamos. Na Seccional de Catanduva, o déficit chega a 48%, com 128 cargos ocupados quando seriam previstos 245, tendo-se como referência a resolução SSP 105/2013 – ainda que revogada, porém sem ter sido substituída por outra norma. São 11 delegados na ativa, em vez de 20, e 40 investigadores onde deveriam existir 73. Sem a quantidade ideal de profissionais dentro das delegacias, é de se imaginar que as investigações não andem e muitas delas sejam forçadamente arquivadas. Se mesmo essa questão de base aparentemente não é cumprida, será que todas as demais são? Será que há viaturas e armamento condizente com as exigências atuais? Será que há policiais militares suficientes também? E a Polícia Científica, como está? Os investimentos públicos precisam ser suficientes em todos os aspectos da segurança para dar cabo a tantas demandas e, de fato, fazer com que as pessoas se sintam protegidas.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.