Telas controlando vidas

Já diziam os mais antigos, tudo que é em excesso é prejudicial. Fica o desafio, caro leitor, de se encontrar algo bom que, mesmo em níveis acima dos ideias, continue fazendo bem. A experiência da sabedoria popular é algo que certamente os adolescentes e jovens não têm. Por isso eles mergulham, hoje, livremente, nas redes sociais. E, vez ou outra, arrependem-se disso. O problema é que os sinais desse uso excessivo das telas dos celulares não são imediatos, aparecendo somente com o tempo. Na reportagem que ilustra esta edição, a psicóloga Joyce Bonfante, especialista em psicologia da saúde, cita uma longa lista de efeitos negativos para saúde mental das crianças e jovens, tais como o isolamento social; surgimento de vícios com aumento da ansiedade e estresse; diminuição da distração e produtividade; dificuldade em tomar decisões sem antes consultar o celular ou computador; baixa autoestima e autoconfiança; sentimentos de angústia, medos, desamparo e inseguranças; comparação social, já que as plataformas de mídia social como o TikTok podem levar os jovens a comparar suas vidas com as de outras pessoas; e insônia, já que a exposição à luz azul emitida pelos celulares pode afetar o ritmo circadiano e interferir no sono, desencadeando outros problemas. Aos pais, fica o alerta de que sintomas mais simples de serem notados costumam aparecer, como dor de cabeça, cansaço, ansiedade, depressão, irritabilidade e falta de sono. A especialista afirma, e nós reforçamos aqui: é importante incentivar o uso consciente e responsável dos celulares e aplicativos pelos jovens e oferecer orientação e suporte para promover o desenvolvimento e formação das crianças e jovens. Se preciso, é essencial buscar auxílio profissional.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.