Stitches: O retorno do palhaço assassino
Richard Grindle (Ross Noble) trabalha esporadicamente como palhaço animando festas de crianças. Apelidado de Stitches, não gosta da profissão. Num dos aniversários infantis, tropeça no cadarço após ser zoado pelas crianças, bate a cabeça e morre. Cinco anos depois, retorna do túmulo para se vingar dos agora adolescentes que aprontaram com ele no passado.
Coprodução Irlanda/Suécia/Reino Unido, de 2012, com direção de Conor McMahon, é um dos melhores filmes do box ‘Sessão da meia-noite: Palhaços assassinos’, lançado pela Obras-primas do Cinema e que traz junto ‘Diversão macabra’ (2008), ‘Terrifier: O início’ (2013) e ‘Clown’ (2014). Feito com baixíssimo orçamento, é uma comédia de terror propositalmente tosca, com cenas altamente sanguinárias, com sangue bem vermelho espirrando na tela e cabeças sendo cortadas. E tripas também. O comediante e humorista stand up inglês Ross Noble estreou no cinema aqui, na pele de um palhaço que trabalha em festas de crianças. Numa tarde, os pirralhos de uma festinha o castigam, até chegar a uma fatalidade – ele morre ao tropeçar nos cadarços amarrados por um dos meninos bagunceiros. Cinco anos depois, os meninos viraram jovens, estão no colegial e se preparam para uma festa até altas horas da madrugada. O palhaço Stitches sai do túmulo, como morto-vivo, em busca de vingança, invadindo a festa e tocando o terror. Mortes inusitadas, humor negro de sobra e muitas armadilhas cruéis tornam o filme diversão total. Vá preparado sabendo que é um pastelão com monstruosidades!
Stitches: O retorno do palhaço assassino (Stitches). Irlanda/Suécia/Reino Unido, 2008, 86 minutos. Terror/Comédia. Colorido. Dirigido por Conor McMahon. Distribuição: Obras-primas do Cinema
Clown
Kent (Andy Powers), um pai dedicado, veste-se de palhaço para animar a festa de seis anos do filho. O que ele não sabe é que a roupa está possuída por um demônio. Kent não consegue mais retirá-la e vai se transformando numa criatura infernal e assassina.
Estreia de Jon Watts no cinema, depois de uma dezena de curtas e clipes musicais. Norte-americano, Watts faria bons filmes em seguida, alguns conhecidos do público – ‘A viatura’ (2015), um suspense caprichado com Kevin Bacon, e a dose tripla ‘Homem-Aranha: De volta ao lar’ (2017), ‘Homem-Aranha: Longe de casa’ (2019) e ‘Homem-Aranha: Sem volta para casa’ (2021), todos com Tom Holland, os que renderam maior bilheteria da franquia e pra mim os melhores capítulos do famoso super-herói da Marvel. Watts aqui investiu no ‘body horror’, uma fita menor de terror, com escatologias e perversidades. É a história de um rapaz que encontra uma roupa de palhaço e a veste para a festa do filho pequeno. Só que a roupa gruda nele, e o coitado nunca mais consegue tirá-la. Aos poucos, a roupa, amaldiçoada, mistura-se ao seu corpo, transformando o homem num palhaço demoníaco, sedento por sangue. O sobrenatural e o horror orgânico se encontram nesse filme curioso, com cenas aflitivas, cuja classificação indicativa é de 18 anos. Protagonizado por Andy Powers, da série ‘Taken’, tem participação de Peter Stormare, de ‘Fargo’ (1996), e há momentos que lembra ‘It’, de Stephen King. Produzido por Eli Roth, hoje destacado no cinema de horror, é um filme para público de estômago forte. Um dos melhores longas do box ‘Sessão da meia-noite: Palhaços assassinos’, lançado recentemente pela Obras-primas do Cinema, que contêm ainda três filmes recentes do tema, ‘Diversão macabra’ (2008), ‘Stitches: O retorno do palhaço assassino’ (2012) e ‘Terrifier: O início’ (2013).
Clown (Idem). EUA/Canadá, 2014, 100 minutos. Terror. Colorido. Dirigido por Jon Watts. Distribuição: Obras-primas do Cinema
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