Sobe e desce no ranking
São vários os rankings nacionais que avaliam o desempenho dos municípios e estados brasileiros, com diferentes metodologias e objetivos. A maioria deles, senão a totalidade, pode ser utilizada pelos gestores públicos para nortear suas ações, decisões e programas, de forma a melhorar pontos falhos da administração pública e preservar ou avançar em áreas em que já estão melhor posicionados.
O problema é que, diante desses rankings, muitos gestores não fazem nada além de procurar um ponto positivo para celebrar, ainda que no todo, as coisas tenham piorado.
Ontem, diante dos dados do Ranking Connected Smart Cities, na edição 2022, que mostrou que Catanduva entre as 100 cidades mais inteligentes do país, mais precisamente na posição 71, a Prefeitura aproveitou a chance para celebrar, inclusive trazendo frase do responsável pela área de informática.
Talvez, numa leitura rasa, alguém lá tenha pensado que os termos cidades “conectadas” ou “inteligentes” sejam afeitos à tecnologia, quando, na verdade, o estudo utiliza o conceito de conectividade como sendo a relação existente entre os diversos setores analisados. Afinal, é totalmente correto pensar que a melhoria em uma área traga reflexos igualmente positivos a outras, como um investimento em saneamento básico que proporciona melhorias na qualidade de vida e na saúde da população.
Além do escorregão conceitual, pesa contra a gestão pública a piora evidente em dois setores prioritários de qualquer administração: Saúde e Educação. Em ambos, Catanduva desceu ladeira abaixo no ranking.
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