Sob os holofotes

As pessoas gostam de festas no Km 7. É uma realidade inconteste. Para muitos, o local é fora de mão, distante do núcleo urbano e, por isso, de difícil acesso para a grande massa da população. Entretanto, para os eventos que o poder público se propôs a fazer naquele local, essas características de certa forma parecem ter sido vantajosas ao evitar lotações acima do suportável e garantir poder de compra – e de auxílio às entidades assistenciais participantes. No passado, basta lembrar que o Km 7 sediou por vários anos a Festa das Nações, com shows, apresentações culturais e tendas de várias nacionalidades conduzidas pelas instituições. O resultado foi sempre positivo nos quesitos público e renda, tanto que as edições se repetiram ano após ano no mesmo local, que ostentava um charme característico para aquele tipo de evento. Quando se tentou trazer a festa para o meio da rua, próximo ao Conjunto Esportivo, a sensação foi de que ela perdeu os ares diferenciados e se aproximou de uma grande quermesse. Nada contra esse modelo de evento, claro, porém a proposta era outra e a essência da festa de certa forma se perdeu. Em outra fase, a Festa das Nações foi realizada no Recinto de Exposições, barateando custos e atraindo grande público – mas muita gente relatou a sensação saudosista dos tempos em que tudo acontecia no Km 7. No ano passado, a prefeitura lançou a Festa do Porco, em um novo modelo mais focado no público do agronegócio, com estandes de empresas e instituições, além dos shows sertanejos, e com os comerciantes locais se tornando as estrelas, com destaque especial para a famosa porcada. O sucesso da edição inaugural, que deu merecida atenção para a gastronomia e a cultura quase rural do Km 7, embalam a festa que será realizada neste mês para mais uma vez movimentar as ruas estreitas e atraentes do bairro.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.