Só será bom com fiscalização
Recentemente, um bar de Catanduva ocupou todo o passeio público e também a vaga de estacionamento em frente ao estabelecimento com mesas e cadeiras para os clientes. Isso na principal avenida da cidade, no final de semana. Quem transitava pela calçada precisava se arriscar no meio da rua ou cruzar para a calçada oposta para seguir caminho. Vários bares e restaurantes que passaram a utilizar a via pública como extensão de si mesmos, apesar de, até então, não existir regramento para esse tipo de conduta. Conforme reportagem veiculada na edição de quarta-feira, 1º de maio, decreto editado pelo prefeito Padre Osvaldo formaliza o uso da via pública para essa finalidade, a partir do chamado Projeto Convivência. Diferente do modelo adotado no governo anterior, em que era exigida a construção de parklets, muito vistos na Europa, agora será permitido demarcar a área das mesas e cadeiras com cones e correntes ou fitas. É uma solução bem mais em conta, que só poderá ser adotada mediante requerimento protocolado na prefeitura e a anuência da Secretaria de Mobilidade e Trânsito. A ideia, em princípio, parece bem interessante, mas demandará fiscalização para evitar abusos, tais como o uso de espaço maior que o permitido, a utilização da rua sem autorização prévia, a colocação de mesas e cadeiras em pontos de risco e a obstrução do passeio público, só para citar exemplos. O comprometimento dos proprietários desses estabelecimentos, que estiveram com Padre Osvaldo para conhecer a proposta, é essencial. Assim como as denúncias. Para que os corretos não paguem pela irresponsabilidade dos outros.
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