Sistema que mais atrapalha...
A Prefeitura de Catanduva precisa tomar uma atitude diante da lentidão e inconsistências do sistema de informática adotado na atual gestão. Já abordamos esse tema em reportagens de O Regional e, na edição de ontem, ficou visível que os problemas persistem. Tanto é que eles motivaram a proposta parlamentar de prorrogação do prazo de adesão ao Refis, o Programa de Recuperação Fiscal, uma vez que por mais que as pessoas queiram negociar suas dívidas, tal desejo se torna missão árdua e demorada. A própria espera pela chance de ir à prefeitura é longa, uma vez que os agendamentos já estão sendo feitos para o mês de abril. Neste sentido, a decisão pela prorrogação parece acertada. Mas não dá para ficar só nisso. Outros problemas vem sendo ocasionados pelo tal sistema, segundo relatos de servidores que lidam com ele diariamente. A tecnologia precisa facilitar os trâmites e a vida dos funcionários, bem como da população, e não servir como dificultador de processos. Claro que ninguém quer que os dados sejam procurados manualmente, não é isso, mas certamente existem tecnologias das mais modernas à disposição que não estão sendo utilizadas. Se no papel tudo deveria estar dentro das conformidades, porém não na prática, os gestores precisam notificar a empresa responsável e exigir dela as adequações. Os softwares, instalações e treinamentos eventualmente feitos foram pagos com dinheiro público e ele deve ser respeitado em todas as etapas, de forma que os benefícios desse investimento (ou gasto?) retorne para a comunidade. As pessoas são compreensivas: quando a prefeitura ficou dias sem atendimento devido à transição de sistemas, todo mundo soube esperar; quando o Portal da Transparência apresentou problemas, foi preciso aguardar; quando servidores apontaram, informalmente, que dados teriam se perdido no limbo por não terem sido transferidos, foi necessário compreender. Mas o tempo passou e, assim como ele, passou da hora de as soluções serem apresentadas para as coisas andarem bem.
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