Sistema falho ou falta de gestão

O abastecimento de água é um serviço essencial e direito dos consumidores. O sistema mantido pelo poder público em Catanduva parece robusto e tecnológico, permitindo interligações dentre os poços de captação para evitar desabastecimentos, como ocorria no passado. Apesar disso, de forma pouco provável e um tanto quanto estranha, duas bombas teriam apresentado problemas de forma simultânea e, por isso, paralisado o funcionamento de dois poços profundos dos mais importantes do município. A questão começa exatamente nesse ponto: por que as bombas pararam? É possível fazer manutenção nesse tipo de equipamento que fica abaixo do solo? É possível paralisar esses postos para tal manutenção, enquanto os outros suportam a falta do primeiro? É difícil imaginar que diante da tecnologia que se tem no mundo nos tempos atuais, tenhamos que ficar reféns da quebra repentina de uma bomba de captação de água, apesar de tal fato acarretar o desabastecimento em mais da metade de uma cidade. Não há nenhum tipo de planejamento para que isso seja melhor controlado? Ou temos, mesmo, que ficar reféns da sorte – ou do azar. Foram três ou quatro dias penosos para grande parcela da comunidade, com bairros inteiros sem água e, mal as coisas voltaram ao seu lugar, dois dias depois outro poço teve seu funcionamento suspenso devido a um vazamento – ocasionando falta d’água em outra região. Ou seja, tudo parece pessimamente ruim, apesar do sistema moderno implantado, ao menos no discurso. Se for isso mesmo, são duas conclusões possíveis. Temos um motorista comum dirigindo um carro de Fórmula 1 ou nem tudo o que dizem é a mais pura verdade.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.