Tem gente que passa a vida defendendo a tese de que, se não aparecer muito, é melhor para evitar polêmicas. Mas em muitos casos o silêncio se torna ruim, pois a pessoa acaba não sendo lembrada e suas atitudes, tampouco. Na atual administração municipal, alguns setores parecem apostar na tática de agir de forma discreta e andar de fininho para chamar menos atenção possível, seja da imprensa ou da própria população. Um deles é, sem dúvida, o esporte, área que não será lembrada por grandes eventos ou competições, já que eles não existem, muito menos por conquistas dos atletas locais, uma vez que elas também são tímidas. Outro ponto apontado como negativo pelos esportistas é a falta de investimentos nas escolinhas de base: os medalhistas nas competições mais recentes são, segundo os críticos, das gerações anteriores e, em muitos casos, da ‘velha guarda’. Para agravar esse cenário, há ainda aqueles atletas de ponta que estão defendendo as cores de outros municípios, o que, para muitos, comprova que falta de investimento no esporte em Catanduva. E, quando não falta, há situações de desleixo que colocam tudo a perder, como no fatídico caso noticiado por O Regional meses atrás da não inscrição da equipe de Ginástica Artística para os Jogos Regionais, deixando-a de fora, de quebra, dos Jogos Abertos. O grupo era forte candidato a medalhas, demonstrado em outras disputas e mesmo em edições anteriores do próprio torneio estadual. Talvez o resultado de tudo isso seja o pequeno número de medalhas conquistadas pela delegação local nos Abertos do Interior, sustentadas apenas pelo Supino, e o consequente silêncio do gestor da Secretaria de Esportes diante de questionamentos feitos pela reportagem. Faltaram palavras para tantas explicações.