O mês de setembro é marcado pelo movimento mundial de prevenção do suicídio, conhecido como Setembro Amarelo. Nesse período, vemos campanhas, palestras e ações de conscientização que ganham grande visibilidade. Porém, é fundamental lembrarmos que o cuidado com a vida e a saúde mental não se restringe a apenas um mês no calendário.

O suicídio é uma realidade complexa, cercada de tabus, preconceitos e desinformação. Muitas vezes, as pessoas em sofrimento sentem-se sozinhas, julgadas ou incapazes de pedir ajuda. É por isso que a prevenção precisa ser constante, em cada conversa, em cada escuta atenta e em cada gesto de acolhimento.

Falar sobre saúde mental não pode ser um assunto de ocasião. Todos os dias, alguém pode estar precisando de apoio, seja em nossa família, entre amigos, no ambiente de trabalho ou na comunidade. O silêncio é um dos maiores inimigos da prevenção, e romper com ele é uma atitude de amor e responsabilidade social.

Setembro Amarelo nos lembra da importância de abrir espaços de diálogo e de valorização da vida, mas o compromisso deve seguir em outubro, novembro, dezembro e durante todo o ano. A escuta empática, o olhar atento e o incentivo à busca por ajuda profissional podem salvar vidas.

A prevenção do suicídio não acontece apenas nas campanhas, mas nas pequenas atitudes cotidianas: ao perguntar sinceramente como alguém está, ao oferecer companhia, ao mostrar que ninguém precisa enfrentar a dor sozinho.

Portanto, mais do que iluminar monumentos de amarelo por um mês, precisamos iluminar nossas relações humanas de cuidado, solidariedade e esperança todos os dias. Porque, quando se trata de vida, cada dia conta.