A administração pública precisa atuar de forma semelhante à iniciativa privada. A gestão precisa ser séria e austera, as finanças precisam estar equilibradas, e os serviços ofertados à população devem ser eficientes. Já passou o tempo em que o cidadão aceitava enfrentar longas filas para ser atendido ou ter que perambular por vários setores para conseguir o que procura. Contam os moradores mais antigos que no Paço Municipal havia setores com vários servidores “à toa” e até jogando cartas e, como o atendimento ao público era por setor, essa cena era presenciada pelos munícipes. Se ela é real ou não, fica difícil comprovar, mas a fonte é confiável. A culpa, no caso, não é dos tais funcionários ociosos, mas provavelmente da falta de chefia, coordenação ou de pulso firme do prefeito. Hoje, além de atender bem presencialmente e agir com eficiência, o gestor também precisa estar atento às ferramentas digitais, pois há inúmeras plataformas e aplicativos que podem contribuir com o funcionamento da máquina pública. Chama atenção na reportagem veiculada na sexta-feira, sobre o tempo para abertura de empresas na cidade, que Catanduva não oferece agendamento de consultas e exames via internet – o que passou da hora de ser implantado. O prontuário eletrônico, que parece existir, é uma demanda quase que básica, já que o mesmo usuário pode acessar diferentes pontos de atendimento e ter, em todos os eles, as informações sobre seu histórico e quadro de saúde, reduzindo riscos. Mas, ainda que apenas uma parcela das pessoas saiba utilizar as ferramentas digitais e vá fazer uso do agendamento a distância, ele precisa existir, assim como outros serviços que possam reduzir a demanda na Central de Atendimento, por exemplo. Tudo isso facilita a vida de quem domina tais recursos tecnológicos e possibilita que os servidores públicos sejam mais bem aproveitados.