SERIEDADE E RESPEITO

Aumenta, cada vez mais, o peso sobre os municípios em áreas que antes eram do Estado ou da União. É assim na educação, saúde e segurança pública, por exemplo. Há anos, Catanduva precisou municipalizar o ensino infantil, mantém a UPA quase por conta própria e vem reforçando paulatinamente a Guarda Civil Municipal que, por vezes, faz papel de polícia. Somado a isso, à medida que a Prefeitura anuncia novos prédios públicos e serviços à população, cresce a preocupação com o futuro.

Será que alguém está analisando se a máquina pública conseguirá sustentar o aumento das despesas fixas? Somente em uma área do Parque Iracema, por exemplo, a Prefeitura construirá a Casa da Juventude e já sinalizou que pretende criar a Casa da Mulher, Casa Animal e Cozinha Escola. São projetos que podem ser importantes para o momento presente, mas que certamente vão reduzir os recursos livres para investimentos. É assim também em nosso orçamento doméstico: quanto mais contas fixas, menos sobra para novos compromissos.

Então, não é para fazer? Ao contrário, a população clama por novos serviços e benefícios, sobretudo na área de qualificação para o mercado de trabalho, como proposto pela Casa da Juventude. Porém, é essencial que alguém esteja pensando à frente, de forma isenta, olhando ao horizonte. É preciso saber que as administrações são contínuas e que é imprescindível que uma atue de forma a possibilitar que a próxima seja igualmente sólida e viável, sobretudo no aspecto financeiro.

Se a Prefeitura “quebrar”, pra usar o jargão popular, toda a população será penalizada. Que venham mais serviços e benefícios, mas que tudo seja feito de forma responsável, séria e com respeito à população. É o que queremos e merecemos.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.