Sempre o mesmo assunto

Parece que não temos outra coisa para falar, pois estamos aqui de novo falando sobre dengue. Isso porque todas as projeções indicam um semestre com explosão de casos da doença e – esperamos que não – com mais mortes. No ano passado, foram 13. O cenário mais grave foi em 2015, que teve mais de 10.700 casos oficialmente confirmados até a contagem ser suspensa, ou seja, foi bem mais do que isso. Foram pelo menos 36 mortes naquele ano. A segunda maior epidemia ocorreu no biênio 2019/2020, com 3.275 e 7.407 casos positivos, respectivamente. Na somatória, a dengue fez 19 vítimas no período de dois anos. Ou seja, pode ser que o atual biênio represente algo ainda mais dramático com mais de 7 mil confirmações e 13 mortes até agora. Para enfrentar a epidemia, a Secretaria Municipal de Saúde se diz preparada, com medicamentos e soro suficientes para atender à demanda. A abertura de um ponto de atendimento exclusivo para pacientes com dengue também está nos planos, mas a alegação é que o sistema existente não está saturado a ponto de justificar a criação de um novo posto. Se bem que, há controvérsias. As reclamações sobre o grande volume de pacientes com sintomas de dengue e longo tempo de espera na UPA recomeçaram, depois de algum tempo de “calmaria”. Os relatos são de que, no final de semana, a espera cruzou horas com salas lotadas e apenas três médicos de plantão. Que a “espera” também não seja excessiva para as autoridades, que ficam monitorando demais em vez de agir para evitar que mais pessoas percam a vida. Diante de tanta demora, há quem acredite que possa se cuidar sozinho – e tenha, com isso, seu estado de saúde agravado. Que as pessoas cuidem dos seus quintais, protejam-se com repelentes, fiquem atentas aos sintomas e procurem atendimento o quanto antes, denunciando eventual descaso do poder público.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.