Duas postagens feitas como ferramenta de publicidade, sem mostrar nenhuma ação efetiva, parece pouco demais para convencer o cidadão mais sensato de que a Secretaria Municipal de Saúde de Catanduva realmente está atuando para prevenção ao HIV/Aids e outras infecções sexualmetne transmissíveis. A primeira, no dia 1º de dezembro, traz uma imagem com a frase – até bem batida, vale dizer – de que “a prevenção é o melhor remédio”. Na postagem seguinte, feita ontem, um vídeo mostra uma pessoa abrindo um kit de autoteste de HIV. Não ensina a usar, nem traz qualquer detalhe: só dá para ver duas mãos tirando os itens da caixa. Se isso serve ou conscientiza de alguma forma, deixamos para que você, leitor, avalie. Quem quiser ver, o conteúdo citado está nas redes sociais da prefeitura e da Secretaria Municipal de Saúde. A impressão que dá, ao menos por enquanto, é que nada foi feito no Dia Mundial da Aids e que pouco ou nada vem sendo feito com relação ao tema, à exceção das atividades já corriqueiras. O 1º de dezembro costuma ser marcado por abordagens em pontos de grande circulação de pessoas para aplicação dos testes de HIV. Como a quantidade costuma ser mínima, também não é nada lá muito efetivo, mas pelo menos é alguma coisa. Ainda assim, não são raras as pessoas que descobriram infecções nessas testagens feitas no formato de mutirão. Ademais, ao longo de todo o ano, o tema HIV precisa estar em pauta, assim como o coronavírus ou a dengue. Não é porque não teve Carnaval de rua nos últimos anos que outros eventos não poderiam ter sido utilizados para a distribuição de preservativos e abordagens direcionadas à conscientização. O tema também pode ser abordado junto ao público jovem, em faculdades e até projetos sociais. Tudo isso, se estivesse sendo feito como rotina e registrado em fotos, poderia ter sido mostrado nas publicações do dia 1º de dezembro, reforçando a propaganda e demonstrando que a administração municipal se preocupa, de verdade, com a vida das pessoas.