Segurança nas escolas

A invasão de um ex-aluno à escola estadual Gabriel Hernandez, em Ariranha, mostra que as unidades de ensino continuam vulneráveis, apesar dos ataques e ameaças vistos no país nos últimos tempos. No primeiro semestre, esse assunto mobilizou autoridades da educação e da segurança pública depois do massacre em uma creche de Blumenau, Santa Catarina, onde quatro crianças foram mortas. Em decorrência do fato, houve quase que uma histeria coletiva e as viaturas policiais precisaram se desdobrar para ocupar a frente das escolas, na tentativa de oferecer um pouco mais de segurança. Depois de um tempo, tudo voltou à normalidade e é aí que (res)surge o perigo. O drama e a preocupação vividos durante aquele período, bem como diante de ataques anteriores e posteriores, precisa ser utilizado como aprendizado e dar base para mudanças reais que possam tornar as escolas mais seguras. Assim como o caso ocorrido em Ariranha deve servir de alerta de que não podemos baixar a guarda nem por um minuto, pois as pessoas mal-intencionadas ou desequilibradas se aproveitam da menor falha que seja para concretizar seus planos. Claro que, quando possível, é preciso investir em tecnologias de segurança, a fim de garantir tranquilidade de alunos, professores e funcionários. Mas se essas aquisições não estiverem acompanhadas de mudanças culturais e na rotina escolar, desde o abrir e fechar dos portões, as oportunidades para que algo ruim aconteça continuarão. Se durante o momento de maior preocupação, houve discussões e adoção de protocolos rígidos, que essa conversa volte à tona entre os gestores das escolas e que essa temática não saia do radar, por mais que a vida tenha seguido seu fluxo natural. Precisamos proteger quem amamos.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.