Saúde dos professores

Alguns grupos de trabalhadores, por suas características laborais, ficam mais expostos ao surgimento de dores relacionadas ao trabalho e a outros agravos à saúde. Dentre esses grupos, destacam-se os professores. Deles são exigidas capacidades física, cognitiva e afetiva para que os objetivos da aprendizagem sejam atingidos. Muito além de estudar, preparar aulas e ministrá-las - o que por si só já parece muita coisa, os educadores têm que enfrentar série de desafios no dia a dia da profissão, a começar pela violência que invadiu as salas de aula. Muitos também precisam lidar com reflexos da desestruturação familiar dos seus alunos, envolvendo-se e doendo-se com isso: transformam-se em algo a mais do que o professor deveria ser, enquanto a escola também vai ocupando papel de criação e formação superior àquele traçado. Na última década, sobretudo antes da pandemia, diferentes estudos descreveram os problemas de saúde mais prevalentes entre os professores, jogando luz para as desordens musculoesqueléticas, problemas vocais e distúrbios psíquicos – estes últimos provavelmente crescerão nas pesquisas futuras, pós-coronavírus. Entre tais problemas de saúde, a edição de hoje destaca a perda da voz e a forma com que professores de Catanduva vêm lidando com isso, com destaque para o uso de microfone em sala de aula, inclusive na rede pública. A jornada extensa e, muitas vezes, salas lotadas, contribuem para que situações como essa se agravem e o som transmitido pelas caixas sonoras ao menos preserva as cordas vocais de quem está ali para ensinar. A prevenção, entretanto, pode ir além disso, tomando base nas orientações de profissional da fonoaudiologia. Realidade, opinião, orientação e números. Tudo se mistura nessa abordagem. Boa leitura!

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.