Samu e a gestão compartilhada

O consórcio intermunicipal que leva o nome de Consirc e que deu origem ao Samu Regional de Catanduva é um ótimo exemplo de gestão compartilhada e cooperação entre as cidades. Se no passado Catanduva, como sede da região, bancava todo o serviço do Samu sozinha, somando-se, é claro, o repasse federal, atualmente todo o conjunto de ambulâncias e profissionais é mantido mediante o rateio de custos. Além de mais justo sob o aspecto financeiro, a qualidade do atendimento oferecido também é incomparável. Basta pensar que, naquele tempo, a viatura precisava partir de Catanduva para chegar a cidades como Novo Horizonte ou Sales, numa situação dita emergencial. Mas, convenhamos, que emergência tem todo esse tempo de espera para deslocamento das equipes? Certamente eram ambulâncias das prefeituras e equipes locais que faziam os primeiros-socorros na tentativa de suprir essa deficiência ou, provavelmente, em muitos casos, não havia socorro em tempo hábil. Hoje o cenário é totalmente outro: oito municípios possuem viaturas, 11 veículos ao todo em operação, mais os reservas, e outras cidades estão na fila de espera para terem ambulâncias em seus territórios, de forma que o atendimento seja realmente rápido e eficaz. Ao mesmo tempo, não é cada um cuidando do seu, mas sim todo mundo trabalhando em conjunto e com atendimento centralizado em Catanduva, de onde as chamadas são triadas e acompanhadas. É um serviço que, aparentemente, está organizado e que, aos poucos, vai ganhando corpo e se estruturando com o esforço mútuo. Muito diferente de ter pequeno número de viaturas em Catanduva que precisavam cruzar longas rotas para cumprir a missão de salvar, hoje temos equipes que atendem municípios específicos, numa gestão muito mais inteligente. Tomara que os gestores públicos que substituirão os atuais, ano após ano, compreendam a importância do consórcio e do Samu Regional para fortalecê-los.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.