Roubo de energia
Os riscos envolvidos numa ação de fraude ou furto de energia elétrica é imensa, mas mesmo assim 161 proprietários de imóveis foram flagrados pela Energisa em Catanduva e região, nos seis primeiros meses do ano, cometendo esse tipo de crime. As perdas foram calculadas pela concessionária em R$ 360 mil. Esse total desviado, conforme a média de consumo, seria suficiente para abastecer quase 3 mil famílias durante um mês. Esses são os populares “gatos”, em que o sujeito se arrisca para puxar energia elétrica da rede ou fraudar o medidor de energia, a fim de economizar na conta de luz. A questão é que essa alteração de consumo, que chega a colocar o imóvel abaixo da média de sua classe, acende o sinal de alerta no sistema de inteligência e dos técnicos da concessionária, que acabam por programar inspeções no local suspeito a fim de constatar a realidade e, eventualmente, recuperar a energia perdida. O infrator responde pelo crime e é cobrado pelo retroativo que deixou de pagar. Sem contar a questão financeira – prejuízo que é assumido pelos demais clientes, no rateio da tarifa da energia elétrica – a atitude criminosa coloca em perigo a pessoa que faz a ligação clandestina, o próprio imóvel e até a vizinhança, pois há a possibilidade de curto-circuito ou até mesmo de um incêndio na rede de energia. Com tantos poréns e tamanha exposição para as equipes que monitoram as redes, fica difícil imaginar que a economia no bolso faça valer à pena. Talvez a divulgação do assunto nas páginas de O Regional sirva também para desestimular esse tipo de delito, mostrando mais uma vez – e como sempre – que o crime não compensa.
Autor