Retrato da saúde pública

O ranking regional da saúde divulgado pelo jornal O Regional com base em dados do programa Previne Brasil não garante, necessariamente, que os serviços públicos de uma cidade sejam muito melhores que os da outra que está abaixo na escala. Até porque ao se comparar os 19 municípios da região de saúde, há portes populacionais diversos e, claramente, apenas Catanduva está enquadrada entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, seguida por Novo Horizonte e chegando até àquelas pequeninas com alguns milhares de moradores. Com tamanha disparidade, é de se imaginar que os desafios sejam outros e pareceria mais justo comparar coisas iguais. De qualquer forma, a pesquisa dá indícios de que algo vai muito bem ou não vai nada bem à medida que determinado município é comparado consigo mesmo. Ou seja, é visível que Catanduva decaiu a cada quadrimestre avaliado e, se isso aconteceu, algo precisa ser feito. No estágio atual, a cidade está praticamente no meio da tabela, tendo vizinhos pequenos acima e abaixo de si mesma. O tamanho, neste caso, não parece ser determinante. Fernando Prestes e Sales tem populações parecidas, mas estão em polos opostos, por exemplo. Além do Previne Brasil, cujo resultado infere no repasse de recursos públicos federais, há outras pesquisas que devem ser levadas em consideração para se analisar a real situação da saúde pública de uma localidade. Talvez na somatória de todos os resultados, seja possível chegar a alguma conclusão mais concreta. Feitas todas as ponderações, a Secretaria Municipal de Saúde tem acesso aos indicadores que foram analisados e sabe quais deficiências fizeram com que a qualidade do serviço oferecido aos pacientes do SUS decaísse. Sendo uma fotografia ou não do que está sendo feito por aqui, o Previne Brasi certamente deve balizar ações, caminhos e decisões a tomar.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.