Repensar caminhos

O plano de saúde dos servidores municipais de Catanduva precisará ser repensado. Talvez não agora, mas em breve. Está visível que o IPMC – Instituto de Previdência dos Municipiários está tendo cada vez mais dificuldade para conseguir uma operadora de saúde que veja esse público como atraente. É uma categoria que quer pagar pouco e usar muito os benefícios do plano, o que torna sua sustentação inviável, na visão das operadoras. Não fosse isso, todas estariam disputando a tapas o contrato que envolve quase 8 mil vidas, entre servidores e dependentes. Mas não é essa a realidade, né? Pode até ser que, no passado, esse uso excessivo dos atendimentos médicos fosse possível, porém os tempos mudaram, o pós-pandemia elevou os preços de tudo e, hoje, o servidor precisaria se enquadrar nessa nova realidade. Aliás, talvez essa seja uma das medidas a ser tomada pelo IPMC num futuro próximo: conscientizar seu público que ele só deve utilizar o plano de saúde quando realmente precisar, combatendo inclusive a busca indiscriminada por atestados médicos, porque isso coloca em risco a sustentação do próprio plano. Além disso, a questão financeira também passa a ser um problema para o IPMC, que tem lidado com ações judiciais e, por isso, vê o caixa referente ao plano esvaziar. Com o dinheiro contado, fica mais difícil olhar para o futuro, tampouco fazer regalias no presente. Não dá para saber nem mesmo se a elevação da oferta pelo plano, que já está na faixa de R$ 2,6 milhões, é o caminho correto a ser tomado ou se é mais uma saída desesperada para conseguir um contrato, diante do jogo duro das operadoras. É preciso parar para repensar caminhos, pois a tendência que se desenha no horizonte é o fim desse benefício para o funcionalismo.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.