Relação turbulenta

 

Quando a população está acima de qualquer coisa, questões burocráticas e/ou políticas podem ser facilmente superadas. Mas não é isso que está sendo visto na relação entre Executivo e Legislativo. Apesar de ter nítida maioria dos parlamentares como sua base de apoio, o prefeito Padre Osvaldo vem mantendo o jogo político e, com isso, diversos projetos de lei apresentados pelos vereadores – ainda que benéficos para a comunidade – acabam sendo vetados por ele, inclusive com ação na justiça diante de eventual derrubada do veto.

Por outro lado, algumas propostas vindas do Executivo também ganham um bom tempo na geladeira da Câmara, com pedidos sucessivos de vistas, até que a negociação de bastidores termine para que, enfim, a votação aconteça. Não cabendo avaliar se tais projetos pontuados como exemplo aqui, ainda que não citados nominalmente, são ou não realmente favoráveis à vida do cidadão.

De qualquer forma, pela relação entre os poderes, idas e vindas de projetos, pedidos de vistas e, sobretudo, pelo alto número de vetos, fica visível que há muita coisa rolando – muito além da simples análise de isso ou aquilo é ou não é bom para a população. Pelo ritmo dos vetos, aliás, Padre Osvaldo deverá abrir longa vantagem sobre seus antecessores, ao final do mandato.

Apesar de já ter batido o recorde de vetos em um único exercício, no caso dos 37 feitos no ano passado, superando os 31 de Vinholi de 2013, ele agora caminha para superar o máximo registrado em quatro anos, uma vez que ele já alcançou 65 em menos de dois anos e tem como recorde, ao término de um mandato inteiro, os 80 vetos feitos por Macchione em sua primeira gestão. Se nada mudar e os embates de ideias permanecer, tudo leva a crer que esse número aumentará.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.