Reindustrializar é preciso
Parece muito saudável o movimento iniciado pelo Ciesp Noroeste Paulista no sentido de estimular a reindustrialização regional. A pesquisa está em andamento e todas as prefeituras foram convidadas a participar, reunindo dados sobre emprego e a atuação empresarial em seu território. Pretende-se traçar um raio-x desse segmento na região, de forma a elaborar estratégias quem possam favorecer as indústrias. Os pleitos também serão levados ao governo estadual e, neste sentido, nada melhor do que estar baseado em estudo para justificar o que se pede. A verdade é que é realmente necessário fortalecer a cadeia produtiva regional, que se destaca sobretudo nas exportações – puxadas justamente pelas empresas de Catanduva. A indústria é essencial para o desenvolvimento socioeconômico da região, assim como são essenciais os empregos que ela gera, os tributos que recolhe, a riqueza que distribui. O impacto positivo é percebido por todos os setores da economia. O debate sobre a desindustrialização é nacional. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, entre 1980 e 2020, a indústria dos Estados Unidos mais do que dobrou de tamanho. A do mundo ficou três vezes maior. A da China cresceu 47 vezes. Enquanto isso, no Brasil o crescimento foi de apenas 20%. Outro dado é que até a década de 1980 a participação da indústria no PIB era de cerca de 20%. O que se viu nos últimos anos foi o seu encolhimento, chegando a 11,3% em 2021. Quando a indústria perde participação, há estagnação econômica e todo mundo sai perdendo. Esse cenário, macro, reforça a importância da iniciativa do Ciesp em atuar no microcosmo regional, em favor da reindustrialização e do desenvolvimento sustentável das cidades.
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