Rei do Futebol
Um ex-jogador do BAC, Bauru Atlético Clube, time que teve entre seus jogadores João Ramos do Nascimento, pai de Pelé, contou em entrevista ao editor-chefe de O Regional que o menino acompanhava o pai nos treinos fazendo embaixadinhas com uma laranja ou qualquer outra coisa redonda que fizesse as vezes de uma bola de futebol. Isso lá nos anos 40. Foi em Bauru, inclusive, que Pelé começou a jogar futebol, passando por times amadores até, aos 12 anos, ser visto por um olheiro e convidado a fazer um teste no BAC e, num segundo momento, aos 15, ser oferecido ao Santos. Aprovado, foi contratado em junho de 1956 e começou a defender a equipe da Vila Belmiro. No Santos, desandou a marcar gols, o que lhe garantiu a primeira convocação para a seleção brasileira em 1957 para participar da Copa Roca, competição na qual fez seu primeiro tento e iniciou uma caminhada de conquistas. “Pelé é a própria essência do futebol brasileiro. Foi com ele e com a admirável seleção de 1958 que deixamos de lado um certo complexo de inferioridade e começamos a ser admirados pelo mundo. Era uma época provinciana, de continentes isolados, e a partir dele começamos a ganhar o tricampeonato mundial e a ser respeitados com a ajuda luxuosa de uma geração de craques”, escreveu o comentarista esportivo Márcio Guedes, ontem. “Em muitos lugares do mundo, mesmo em uma pequena vila da China, o nome de Pelé passou a ser mais conhecido do que o do Brasil, como se fosse um autêntico rei”. Pelé foi o maior dos maiores e não perderá a majestade.
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