Reforcem o arrastão
Quando a água bateu no pescoço, parece que a Secretaria Municipal de Saúde começou a se mexer com relação ao combate à dengue. Ao menos um pouco. Ou pelo menos de forma mais midiática.
Ações cruciais nesse trabalho ganharam mais visibilidade, como a vistoria em imóveis vazios que estão sob cuidados das imobiliárias, por meio de parceria com essas empresas, com a presença da dona mosquita em eventos públicos e escolas, e com as frequentes e necessárias operações de bloqueio e nebulização. Afinal, os agentes com máquinas nas costas chamam muita atenção ao tema e dão o sinal de que alguém foi contaminado na vizinhança.
Agora, com uma ajudinha do clima, como era esperado, o ritmo de contágio e os índices todos despencaram. É a chance para reforçar o arrastão, continuar rodando a cidade e cobrar participação da população na limpeza das casas, quintais e terrenos para que o próximo semestre seja percorrido com tranquilidade e, mais do que isso, que não haja epidemia no próximo ano.
Dengue é prevenção, é rotina, é conscientização, não é correr atrás do prejuízo depois que a doença tomou conta da cidade. É preciso falar até cansar e colocar mais agentes nas ruas. Aliás, prefeitura, o número de agentes é suficiente? A estrutura atual está adequada à necessidade desses profissionais? O trabalho tem o valor merecido durante todo o ano e não só em meio ao caos?
Tudo isso, somado à ação popular, tem reflexo direto no sucesso ou fracasso do combate à dengue em Catanduva. A saúde da população, já tão combalida na pandemia, agradece.
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