Reflexos da atual política

Paira no ar o cenário político em que vive o Brasil, tendo a impressão de que se verifica a falta de patriotismo por certos políticos que estão no poder e nele permanecem para não perderem o status de quem faz parte da máquina administrativa e, nessas condições, ficam no governo por interesses próprios.

O que é muito triste é admitir o vendaval que assola nossa Pátria em todo o território correspondente ao Brasil de todos os brasileiros, porém, ao mesmo tempo, tem-se a impressão de que desestabilizou nossa credibilidade, maculou grupos sociais, além de ter comprometido certas pessoas em todos os escalões da política pelas articulações duvidosas.

Surge agora mais uma articulação por parte do Ministério da Fazenda, sob o comando de Fernando Haddad, que se refere ao aumento do IOF, (Imposto Sobre Operações Financeiras), extremamente prejudicial à classe dos empresários que colabora com o desenvolvimento do país em todos os ângulos de progresso efetivo.

Como teatro político, sofremos as consequências, e que, em certos momentos, se tornam desastrosas em vários sentidos. Somos brasileiros e milhares de conterrâneos elegeram pessoas que deveriam resolver os problemas que mais afetam de perto uma população sofrida, aquela que luta pela sobrevivência do dia a dia, sem falar que muitos depositaram confiança nessas pessoas que comandam os ministérios governamentais.

Hoje, nesse palco de atores bem preparados, constatamos um espetáculo deprimente de passos que dão certos políticos em direção aos caminhos que mais lhe interessam, mormente no que tange às suas pretensões de participar de um governo que, aos poucos, vai perdendo a credibilidade daqueles que votaram conscientes naqueles que se dizem lutadores pela grandeza do Brasil.

Dentro do quadro político, não há lugar para individualismo, bem como ir ao encontro de um desempenho que não seja compatível com os bons princípios que regem uma política de alto nível e que engrandece a própria condução pelos caminhos lógicos de um progresso sólido e permanente.

Há necessidade de se definir como homem público, ser preparado para o exercício dessa ou daquela função para a clareza de propósitos e ações, fundamentado suas metas no bem comum em detrimento de interesses pessoais de mesquinhez e de articulações nos vários sentidos da vida pública.

Precisamos urgentemente de escolas de verdadeiros estadistas, onde os objetivos sejam o de aprimorar conhecimentos profundos de um nível superior, aliado a uma maturidade política voltada ao bem comum da Nação.

Assim é que, uma pessoa política, ao se preparar como estadista, deverá reconhecer suas qualidades pessoais, visando, efetivamente, desempenhar esta função com o espírito voltado às causas principais que envolvem os habitantes de cada país dentro desse contexto explicitado e narrado até aqui.

Nos dias atuais, tem-se a impressão de que a postura política desafinou, prejudicando a sintonia, pois se torna urgente consertar e substituir os instrumentos desarticulados, para que o conserto da música desse país seja harmoniosa, límpida e cristalina, fazendo com que os acordes ressoem no cenário mundial de maneira transparente e equilibrada.

Autor

Alessio Canonice
Ibiraense nascido em 30 de abril de 1940, iniciou a carreira como bancário da extinta Cooperativa de Crédito Popular de Catanduva, que tinha sede na rua Alagoas, entre ruas Brasil e Pará. Em 1968, com a incorporação da cooperativa pelo Banco Itaú, tornou-se funcionário da instituição até se aposentar em 1988, na cidade de Rio Claro-SP, onde reside até hoje.