Recuo diante do caos
Parece loucura o vai-vem feito pelo Hospital Mahatma Gandhi nessa história da subcontratação de uma empresa médica para firmar parceria – por assim dizer – com profissionais de saúde que atendem nos postinhos dos bairros e na UPA.
Pela proposta, eles seriam acionistas da tal empresa, que ninguém conhece. O que é muito diferente de atuar ao lado de uma organização familiarizada com a cidade, em que as pessoas confiam e admiram. Essa seria a “relação trabalhista” firmada entre eles e a gestora, ou seja, algo um tanto quanto diferente do usual – para não falar estranho.
Rolaram protestos de médicos e dentistas nas redes sociais, tudo exposto e noticiado por O Regional, dando luz a uma situação que poderia levar à interrupção dos serviços na virada do mês, à medida que os profissionais atuais não aceitassem os novos termos do contrato e outros não fossem “contratados” pelo Mahatma Gandhi e sua parceira.
A população certamente assumiria o ônus dessa história toda. Fatos esses que, pelo menos por enquanto, foram adiados diante da decisão do Mahatma Gandhi em suspender as mudanças contratuais, talvez por temer o caos na saúde pública a partir de 1º de agosto.
Enquanto isso tudo acontece, diga-se de passagem, nem uma nota, comentário ou movimentação foi vista pelos lados da Prefeitura. Tanto que o prefeito seguiu sua agenda normalmente, manteve sua viagem semanal a São Paulo feita, religiosamente, desde o início do mandato – com o perdão do leitor pela ironia ao usar tal termo neste contexto. Resta ter fé e orar para que tudo acabe bem.
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