Rebel Moon retorna ao streaming com versão de diretor de Zack Snyder

Quando Rebel Moon foi lançada no final do ano passado na Netflix, a expectativa muito grande. Ele nunca escondeu que o roteiro original foi oferecido à Disney para ser um novo episódio da saga de Star Wars. Por isso, que ninguém estranhe que em alguns momentos, os personagens lutem com... sabres de luz! Mas Star Wars tinha outros planos e o roteiro de Zack Snyder foi recusado.

O diretor, que já tinha a experiência bem sucedida da "versão do diretor" com Liga da Justiça, que ele batalhou durante anos para lançar, não se deu por vencido e resolveu que Rebel Moon (ou a Lua Rebelde), seria transformando no “seu” Star Wars - e reescreveu totalmente para a Netflix, que não poupou recursos para ter uma saga do gênero em seu canal. 

No entanto, para atrair um público de menor idade, Rebel Moon foi lançado com uma edição nas cenas mais adultas e violentas. Assim, em novembro de 23 tivemos Rebel Moon Parte I: A Menina de Fogo e em abril deste ano, a Parte II: A Marcadora de Cicatrizes. O resultado foi bem mais morno, e as críticas não foram poucas. Meio que prevendo isso, Snyder prometeu que, mais adiante, faria uma "director's cut".

Já estão disponíveis no streaming as mais de 6 horas de ficção científica dois filmes. Da reação a estas montagens, a Netflix decidirá se produz novos episódios - a série é uma das mais caras já bancadas pelo streaming.

Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo, agora tem duração de 204 minutos quando a versão lançada em dezembro permaneceu em 134 minutos. Já Rebel Moon - Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes aumentou para 173 minutos dos 122 originais. Ou seja, no total, mais de 6 horas.

No Director's Cut de Rebel Moon, Snyder conta a mesma história, enriquecida, no entanto, com novos e maiores detalhes, além de mais sexo e violência, que provavelmente seráo maior chamariz da atualização. Na primeira parte, a história se passa em uma colônia rural pacífica, que enfrenta a ameaça do tirano Balisarius. A protagonista, Kora (Sofia Boutella) é uma forasteira com uma segredo no passado, que se torna a esperança de resistência dos colonos. Desesperados, enviam Kora para reunir guerreiros de planetas vizinhos e formar um exército para resistir à opressão. Ao longo do caminho, Kora se junta a um grupo heterogêneo de insurgentes e órfãos de guerra em busca de redenção e vingança. A trama remete a Os Sete Samurais (1954), de Akira Kurosawa, que já foi refilmado como o western Sete Homens e um Destino (1960), de John Sturges e a ficção científica Mercenários das Galáxias (1980), de Roger Corman. A segunda parte dá continuidade à saga, com os rebeldes lutando de forma desesperada contra a tecnologia superior do império.

Sem esconder que quer ser um novo Star Wars, a única certeza é de que direção de Zack Snyder estará repleta de belas paisagens e efeitos, com cenas em câmera lenta, idealizando em luz e sombras, a ação de corpos em movimento. Se a saga de Rebel Moon vai continuar, só os algoritmos dirão.

Autor

Sid Castro
É escritor e colunista de O Regional.