O anúncio da possível reabertura da Usina Virgolino de Oliveira, que sempre carregou o nome de Usina Catanduva, pegou muita gente de surpresa. O mais complicado nessa história, sobretudo para os ex-funcionários, foi compreender como a empresa poderia reabrir suas portas sem ter quitado sequer as dívidas trabalhistas do passado. A questão realmente é complexa. Diante do falatório causado, o presidente do Sindicato da Alimentação de Catanduva e Região, Marcelo dos Santos Araújo, passou a esclarecer os trabalhadores sobre o caso e até emitiu comunicado na tentativa de alcançar mais pessoas. Na reportagem que compõe esta edição, ele reforça que a reativação da unidade industrial é positiva para a economia da região e para a geração de empregos, o que reflete no aspecto social. Ao mesmo tempo, explica a atual situação do processo de recuperação judicial da empresa e porque a Usina Catanduva será a única a ser preservada entre as unidades que compõem o grupo - as demais serão vendidas justamente para possibilitar o pagamento de dívidas. Talvez o ponto que confunda as pessoas seja que a recuperação é uma tentativa de salvar a empresa, literalmente recuperá-la. Não é falência. De todo o modo, é justo e importante que todos os ex-funcionários fiquem atentos ao noticiário e em contato com seus advogados para que continuem defendendo seus direitos trabalhistas.