Racismo persiste

É impactante o manifesto divulgado pelo Movimento Negro de Catanduva, sobretudo o relato de uma mãe sobre o racismo enfrentado pelo filho na escola e entre aqueles que, em tese, deveriam ser seus amigos. Mas isso é rotineiro na vida das crianças pretas. Não são brincadeiras, é racismo. Não é divertido, é racismo. Não faz rir, fere. Não deveria mais existir, mas persiste.

A data de hoje, que remete à abolição da escravatura e à conhecida história da Princesa Isabel, é propícia para discutir essas questões e outras correlatas, provocar a reflexão e fazer com que mais pessoas abram os olhos para essa questão.

Apesar de toda a exposição recente, até na mídia, com torcedores imitando macacos durante jogos de futebol, é preciso erguer a voz e endurecer o discurso. O racismo persiste e muitas pessoas, brancas, talvez acreditem que não, que seja militância ou até mi-mi-mi. Mas ele persiste e mostra a cada dia que continua enraizado e até expandindo silenciosamente – às vezes com gritos evidentes – no meio da sociedade.

É claro que o racismo não permite um “basta”, uma lei ou campanha que coloque fim repentino, o que é utópico, mas aos poucos, com ações e reações de cada um, é possível avançar em busca do respeito e da igualdade para que o fim da escravidão finalmente seja celebrada.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.