Questão de uso e desuso
Os hospitais de Catanduva e região mobilizaram-se em torno do Dia Mundial da Higiene das Mãos, celebrado em 5 de maio, com uma série de atividades de conscientização dos colaboradores sobre a importância dessa prática tão simples. Na tentativa de fixar na mente das pessoas que esse gesto é essencial para prevenir infecções hospitalares, as abordagens foram criativas e irreverentes, pois é de se imaginar que dentro da rotina pesada dos profissionais de saúde, a ação mais leve e lúdica ganhe espaço e evidência do que uma palestra no formato tradicional. O que chama atenção nessa história, entretanto, é que passamos pela pandemia do coronavírus há pouquíssimos anos e ainda hoje temos casos e até óbitos pela doença sendo confirmados e que uma das formas de prevenção é justamente a higiene das mãos. Será que aprendemos tão pouco com a pandemia ou desaprendemos as coisas em tão pouco tempo? Hoje já não é comum ver as pessoas utilizando máscaras com frequência nas ruas, ao ter sintomas gripais, tampouco apostando no álcool em gel para limpar as mãos ao longo do dia. Aquela loucura toda que mudou nossos hábitos de higiene já não existe mais e é nítido, ainda que uma ou outra pessoa se mantenha em alerta. A higiene das mãos é primordial dentro dos ambientes de saúde e os profissionais que lá atuam precisam ser exemplos nesse quesito. Mas essa prática também é necessária no dia a dia de qualquer pessoa, a fim de evitar contaminações tidas como rotineiras. Basta lembrar que, além delas, é possível que algo mais grave se alastre também e quem for mais precavido, talvez passe ileso. O uso da máscara, do álcool em gel e os cuidados com o contato físico são atitudes que foram essenciais e não podem ser esquecidas.
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