Quem explica isso?
O Ministério da Saúde efetuou, na segunda-feira, o primeiro repasse do recurso complementar para estados e municípios efetivarem o pagamento do piso nacional da enfermagem. O pagamento é referente a quatro parcelas – maio, junho, julho e agosto, transferidas aos gestores estaduais e municipais. Com a ordem de pagamento expedida na segunda, a previsão é que até hoje todos os entes recebam o recurso. Ao todo, serão nove repasses em 2023, incluindo o 13º salário. Os critérios para essas transferências foram estipulados em portaria do Ministério da Saúde publicada na semana passada e, para definir os valores, foi realizado levantamento junto aos estados e municípios dos dados dos profissionais da categoria, por meio do aplicativo InvestSUS, do Fundo Nacional de Saúde. Na região, o maior repasse foi destinado a Catanduva, que recebeu R$ 382 mil; na sequência aparece Santa Adélia, com R$ 165 mil, liderando o ranking regional publicado na edição de ontem, com exclusividade. Mas como nem tudo são flores, como dizem, muitas cidades ficaram de fora do ranking (são cerca de 50 em São Paulo) e outras contestam os valores recebidos. Os gestores afirmam que preencheram corretamente os dados no aplicativo do Ministério da Saúde, mas que algo saiu errado no final. Novo Horizonte, que não aparece na relação, de certa culpa o Ministério da Saúde por isso. Equipes de Novais, ontem, reuniram-se para tentar compreender, de alguma forma, o repasse feito ao município que equivale praticamente ao piso de um único enfermeiro. Técnicos de Catanduva também teriam se debruçado sobre os números, pelo que apurou nossa reportagem. Ou seja, tem muita gente buscando explicações para os valores que caíram nas contas ou, pior, que sequer caíram.
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