Queda da inadimplência

Apoiado pela lei, o protesto é uma forma de oficializar a inadimplência praticada por um consumidor junto ao cartório. Isso permite que a empresa comprove formalmente que existe um débito em nome dela e solicite a cobrança para que a questão seja resolvida rapidamente. Ou seja, o protesto de título vincula o nome do inadimplente a uma dívida até que ela seja paga, o que pode ajudar a aumentar a probabilidade de o débito ser quitado. Além disso, os cartórios de protestos informam automaticamente as principais entidades de proteção ao crédito sobre a dívida, fazendo com que o nome do sujeito fique negativado, o popular “nome sujo”. Quando há redução do número de dívidas protestadas, como ocorreu em Catanduva, é um indício de que o cidadão está mais cauteloso com seus compromissos financeiros ou, por outro viés, que menos pessoas estão fazendo dívidas por simplesmente não terem condições para isso. Pode significar estabilidade econômica e consciência financeira ou ser a prova de que as coisas estão realmente difíceis. No caso de Catanduva, conforme noticiamos na sexta-feira, houve queda de 35% no número de dívidas enviadas a protesto, no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado – passou de 19.170 para 12.468. Por outro lado, o valor global dessas dívidas subiu 66,19%, saltando de R$ 29 milhões para R$ 48.205.839,85, que demonstra que podem ser outros tipos de dívidas, de setores mais afetados economicamente que lidam com valores mais vultosos. É nítido, porém, que tudo isso são conjecturas e o que se tem de concreto é a diminuição das dívidas protestadas nos cartórios. Por todo o contexto financeiro vivenciado nos últimos anos, de pandemia, crise e a difícil retomada, a notícia é para comemorar.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.