O projeto de lei que institui o Programa Escolas Cívico-Militares em Catanduva, do vereador Cesar Patrick (PRTB), contestado na Justiça pela vereadora Taise Braz (PT), tornou-se alvo de intenso debate nas redes sociais do jornal O Regional. O assunto mobilizou internautas pró e contra a proposta, mas também ganhou as cores da direita e esquerda, ou de Lula e Bolsonaro, já que as visões dos dois governantes sobre o tema são claramente opostas. Enquanto o sistema de ensino foi implantado e ganhou força durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que inseriu a gestão militar em vários aspectos de seu mandato, inclusive na escolha dos ministros, o atual mandatário do país derrubou decreto que criou o programa e providenciou sistema de transição para pôr fim ao modelo de ensino. Isso fica visível nos discursos dos vereadores envolvidos e também nos comentários mais partidários vistos nas redes sociais, com críticas pesadas ao PT e a Bolsonaro e seus filhos. Os catanduvenses também citaram que ensinar disciplina e moldar o caráter seriam responsabilidades dos pais, e não da escola. Também teve quem criticou a implantação do sistema nas escolas existentes, mas não rechaçou a ideia de criar uma unidade específica para esse modelo de ensino, de forma a atender quem se simpatizar com ele. Os vereadores ainda foram criticados por “quererem forçar a população a aceitar as suas vontades”, quando a lógica seria o vereador defender os interesses do povo. O debate e o embate entre as partes certamente não vão parar por aqui. Resta saber o que poderá ser efetivamente colocado em prática diante da legislação e da Constituição Brasileira.