Psoríase: conhecimento e empatia para a desmistificação da doença
A psoríase é uma doença crônica da pele, NÃO CONTAGIOSA, associada ao sistema imunológico e caracterizada pela presença de manchas rosadas, brancas ou avermelhadas, recobertas por escamas esbranquiçadas, mais comuns nas regiões do couro cabeludo, cotovelos, joelhos, palmas das mãos, plantas dos pés, unhas e tronco. Estas lesões podem apresentar coceira, dor, queimação e descamação e podem ser desencadeadas por fatores como traumas físicos, infecções, uso de certos medicamentos, estresse emocional, ingestão de bebidas alcoólicas, queimaduras solares, entre outros. Embora não seja transmissível de uma pessoa para outra, o impacto dessa doença de pele pode causar desconforto e prejudicar a autoestima e as atividades diárias do paciente.
A doença está sujeita a períodos de melhora e recuperação. Sua causa exata ainda é desconhecida, mas há uma predisposição familiar, podendo afetar tanto homens quanto mulheres, em qualquer idade e suas manifestações variam de formas localizadas e discretas até comprometendo grandes áreas do corpo.
Apesar de ser uma condição sem cura, há muitas alternativas de tratamento, envolvendo desde a hidratação da pele e aplicação de pomadas e cremes até a utilização de medicamentos mais específicos, dependendo do perfil do paciente e do tipo de lesão, uma vez que há vários tipos de psoríase e cada uma com características próprias. Dessa forma, é essencial que o diagnóstico da lesão seja feito por um médico, preferencialmente um dermatologista possibilitando a adoção de tratamentos que reduzam a gravidade e a extensão das lesões, e assim, melhorando significativamente a qualidade de vida do indivíduo.
Além das lesões da pele, a psoríase, em alguns casos, pode estar relacionada com comorbidades como artrite psoriática, hipertensão, dislipidemia, hiperglicemia, depressão, distúrbios de humor, doenças do aparelho digestivo e renal e vários tipos de câncer.
Um estilo de vida saudável é essencial para o paciente com psoríase, pois uma boa alimentação, a prática de atividade física, o controle do peso e a redução do estresse reduzem a manifestação da doença ou mesmo causam o desaparecimento dos sintomas.
No dia a dia, contudo, os portadores da condição podem sofrer preconceito devido às suas lesões, pois muitas pessoas imaginam que são contagiosas. Por conta disso, o acompanhamento psicológico é altamente recomendado àqueles que sofrem esse tipo de discriminação. Ademais, a divulgação de informações sobre a doença é fundamental para orientar a população, tanto no sentido de buscar tratamento, como também para não marginalizar aqueles acometidos pela doença. Sem dúvidas, o conhecimento tem o poder de melhorar a vida das pessoas, trazer bem estar e evitar injustiças. Por isso informe-se a respeito e ajude a desmistificar a doença.
Bruna Cardoso Moscatel e Laura Bicas Ruiz – 3º ano
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