Profissionais capacitados

A Lei Lucas, sancionada em 2018, tornou obrigatória a capacitação em primeiros socorros de professores e funcionários de escolas de educação básica e infantil. A medida, que visa garantir um ambiente escolar mais seguro e preparado para lidar com emergências, ainda enfrenta desafios em sua implementação e compreensão. Os treinamentos que deveriam ser contínuos e maciços surgem de forma pontual, como iniciativa em andamento da Secretaria de Educação de Santa Adélia, que abrangerá todos os funcionários do setor e deve servir como exemplo. A capacitação dos profissionais da educação sobre a Lei Lucas é essencial, pois garante que eles estejam aptos a agir em situações de emergência, como engasgos, convulsões, desmaios e paradas cardiorrespiratórias. O conhecimento e a prática de técnicas de primeiros socorros podem ser a diferença entre a vida e a morte de um aluno ou colega de trabalho. No entanto, a simples obrigatoriedade da capacitação não garante a sua efetividade. É preciso que os cursos oferecidos sejam de qualidade, com conteúdo atualizado e ministrados por profissionais qualificados. Além disso, é fundamental que a capacitação seja contínua, com reciclagem periódica dos conhecimentos e habilidades. Outro ponto crítico é a necessidade de que as escolas invistam em equipamentos e materiais adequados para a prestação de primeiros socorros, como kits de emergência, desfibriladores externos automáticos (DEAs) e outros recursos. A falta de estrutura e de recursos pode comprometer a capacidade dos profissionais de agir em situações de emergência. É preciso que a sociedade civil, o poder público e as instituições de ensino se unam para garantir que a Lei Lucas seja efetivamente implementada e que as escolas se tornem ambientes mais seguros e preparados para lidar com emergências. A vida de crianças e adolescentes está em jogo, e não podemos tolerar qualquer negligência.
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