Estamos próximos ao retorno das férias de julho, muitos professores e alunos retornam para a rotina diária da educação. Rotina que precisa ser sempre revista, uma vez que auxiliará neste retorno.

Passado meio ano, o vínculo entre professor e aluno já deve estar consolidado e com isso, estendo tal vínculo às famílias que confiam cotidianamente neste ambiente escolar. É claro que muitos professores vão retornar ainda com sensação de fracasso, de desânimo, de descrença, de incredulidade em si e no sistema educacional, principalmente ao sermos correlacionados com traficantes.

Muitos destes pais também podem ter as mesmas opiniões absurdas e pejorativas sobre o professor, seja ele de seu filho ou da figura em si. Criaram um mito que professor não trabalha, que ganha milhões, por vezes só vai pra escola brincar ou ser “babá” de crianças, confesso que estes sentimentos de desarmonia e de desesperança por vezes me alcança, me abate. Entretanto, adepto do esperançar freiriano, me coloco de pé e comigo, a esperança de que em um futuro não distante, os professores realmente serão respeitados. Respeito esse que se dá com valorização social, cultural, financeira e não com meros aplausos e postagens em redes sociais.

Nunca é tarde para lembrar a todos que os professores são a base de quaisquer outras funções, profissões e trabalhos, são eles quem formam, são eles quem possibilitam avanços significativos na sociedade. É o ato de professorar que afasta muitos da ignorância e truculência e sinto pena daqueles que se valem de seu status para nos atacar, desconhecem a beleza de nossa profissão.

Neste retorno, desejo a todos renovada esperança, aquele esperançar de quem quer construir uma sociedade mais digna e justa, estendo este desejo a todos os políticos que pouco conhecem a real capacidade de um professor, espero que venham a valorizar de fato, sem politicagens. Valorizar pela certeza de que é através da educação que poderemos construir uma sociedade equitativa e realmente inclusiva.

Sejam todos muito bem-vindos!