Preparados para agir
A reunião de representantes de diversos órgãos, ontem, na empresa Cocam, mostra a união entre poder público e iniciativa privada e, mais do que isso, o amadurecimento da sociedade civil organizada, a fim de se preparar, literalmente, para possível acidente envolvendo vazamento de amônia na indústria de café. O fato de a fábrica ficar localizada na área central torna essa missão mais complexa e exige grande mobilização de esforços, ao mesmo tempo que levanta dúvidas se nossas equipes de salvamento e segurança estão realmente prontas para agir diante de um evento de grande magnitude. É nítido, por exemplo, que seriam necessários reforços vindos de São José do Rio Preto, caso os desdobramentos do fato sejam realmente grandes, mas as vítimas e a cidade como um todo não podem ficar aguardando o deslocamento de quase 1 hora entre os dois municípios. Como se trata de um planejamento – e outras reuniões feitas, que terá um grande simulado envolvendo o público externo no mês de novembro, ainda há tempo até lá para afinar as arestas e pensar como melhorar. Talvez a iniciativa da empresa privada em liderar esse tipo de força-tarefa preventiva possa estimular os comandos da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, entre outros órgãos, a buscarem por maior efetivo, mais equipamentos e melhor preparo. Mas a palavra-chave talvez seja mesmo “planejamento”, pois ele é essencial dentro das próprias estruturas de cada instituição e entre todos os envolvidos, para que cada agente saiba qual sua tarefa, caso uma ocorrência real aconteça. A ação toda, é claro, é preventiva, pois a esperança é que tudo fique restrito a planos e simulados, por mais preparados que estejamos.
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