Pode parecer difícil mensurar se R$ 200 mil é muito ou pouco para a decoração natalina que Catanduva merece, sobretudo porque não vimos a qualidade da iluminação e dos enfeites que serão apresentados à população. Aliás, nem se sabe qual empresa disputará a licitação para fazer o serviço no prazo exíguo de apenas uma semana que a prefeitura disponibilizou. De qualquer modo, a crítica recai sobre o fato de a administração pública gastar tal valor para que a decoração fique o curto espaço de tempo nas ruas. Ou seja, não houve qualquer tipo de planejamento e menos ainda divulgação das atrações natalinas de Catanduva, o que seria imprescindível para atrair visitantes da região e, aí sim, favorecer o comércio local. Afinal, esse investimento nas luzes de Natal – vamos considerar assim – só tem duas razões para existir: ser objeto de admiração e entretenimento às famílias catanduvenses e, ao mesmo tempo, atrair turistas. Mas, convenhamos, que turista vai sair de sua casa para vir para Catanduva, em cima da hora, nos últimos dias para o Natal, sem saber ao certo o que vai encontrar por aqui? A verdade é que não adianta a prefeitura gastar ‘mundos e fundos’ com contratos e shows sem traçar planos e fazer a divulgação equivalente. Ou será que os gestores municipais já se esqueceram que o aniversário de Catanduva, com show de Daniel, teve público bem aquém do esperado? Se alguém achar que foi bom, certamente sabe que poderia ter sido bem melhor. As atrações levadas para o Parque dos Ipês, meses atrás, também mostram público reduzido nas fotos divulgadas pela própria prefeitura. Assim também foi no Dia da Juventude e talvez até no RockFest, que atende apenas um nicho e cujos números nunca foram divulgados. Por ora, só resta-nos aguardar o desfecho dos pregões, no dia 30 de novembro, para voltar ao assunto.