O incidente ocorrido no cinema do Garden Shopping, em que duas placas do forro de isolamento acústico se desprenderam e caíram sobre duas pessoas, mostra como a desinformação se prolifera nas redes sociais a partir de qualquer fato. Já na noite de terça-feira foram várias postagens irresponsáveis feitas com duas ou três linhas e uma foto mostrando várias viaturas dentro do shopping. No texto, um alarde sem sentido de que o teto havia caído ou qualquer coisa do tipo, quando eram apenas duas placas pontuais. Quando alguém abre a rede social para postar ou compartilhar algo do tipo, sem qualquer apuração ou certeza do que está escrevendo, não se importa que as pessoas que estiverem com parentes naquele local ficarão desesperadas com a situação. Não liga se, depois, não for nada daquilo. Provavelmente sequer postará a verdade, tampouco apagará a mensagem inicial. “Não é problema meu”, deve pensar. Ou, “fiz minha parte”, como se tivesse feito algo bom. Não será sequer responsabilizada por desinformar e causar pânico. Tanto se fala em fake news no noticiário, nas escolas ou mesmo nas rodas de amigos, que isso deveria reverberar na mente de todos nós. Será que isso que estou lendo é real? Será que é verdade? Ainda que a imagem seja verdadeira, pode estar descontextualizada ou retirada do seu tempo. É possível escrever que foi hoje, quando foi ontem, no mês ou no ano passado. Tanto faz. É fácil mentir e enganar. A movimentação de viaturas poderia ser um treinamento, por que não? Assim como poderia ser real e muito pior do que realmente foi. A questão é que o sujeito está postando sem saber a verdade. Por isso, se você não foi ao local, não tem alguém de confiança lá relatando ou não viu em um órgão de imprensa confiável, por favor não poste, nem compartilhe qualquer coisa que vê nas redes sociais. Só cortando essa corrente de irresponsabilidade, com bom-senso, poderemos enfrentar tanta informação falsa.