Por avanços educacionais

Catanduva terá duas escolas cívico-militares já no segundo semestre deste ano. O anúncio feito pelo Governo do Estado na segunda-feira atendeu aos anseios da comunidade, que demonstrou real interesse na adoção do modelo de ensino, em todas as etapas desse processo. No primeiro momento, cinco escolas da rede estadual de Catanduva colocaram-se como candidatas, até então por livre iniciativa de diretores e gestores. Quando foi realizada a primeira rodada de consulta popular, a aprovação da comunidade foi maciça, apesar de abordagens que teriam sido feitas por grupos contrários à proposta – o que, visivelmente, não funcionou. Para se ter ideia, as duas escolas agora contempladas, Prof. Vitorino Pereira e Joaquim Alves Figueiredo, tiveram aval de mais de 80% dos votantes, o que incluiu alunos, pais, professores e funcionários. As outras três escolas, Nicola Mastrocola, Dinorah Silveira Borges e Maximiano Rodrigues, também aprovaram a adoção do método, mas ao final não foram selecionadas na lista das 100 primeiras. Esse interesse visível talvez tenha facilitado a inclusão de duas escolas do município nesse primeiro lote, que contempla 89 cidades, sendo que apenas 11 delas tiveram duas unidades escolhidas, colocando Catanduva ao lado de metrópoles como São Paulo, Campinas, Guarulhos, Santo André e Osasco. As duas rodadas de consulta pública seguintes serviram apenas para sacramentar a vontade coletiva, abrindo a oportunidade para que o novo modelo seja testado e que, daqui um tempo, a evolução dos indicadores das duas unidades de ensino seja analisada, em busca de melhorias disciplinares, com redução da violência e da evasão escolar. A esperança é que o ambiente fique melhor para que os professores possam desenvolver seu trabalho e que a inclusão de alunos atípicos aconteça – diferente do que propagam os opositores do modelo. Se tudo o que se espera e sonha realmente sair do papel, a educação ganhará novo rumo.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.