O polo aquático, como é chamado no Brasil – denominação de “water polo” – surgiu na Inglaterra em meados do século XVIII, se desenvolvendo ao longo dos anos até atingir no século XIX a forma como o conhecemos hoje. Primeiramente, o jogo era realizado em cima de uma grande piscina flutuante, onde os jogadores tinham que impelir a bola com o uso de remos.

Com o seu desenvolvimento em piscinas de natação, esse esporte foi se tornando cada vez mais dinâmico, ágil e movimentado, até atingir o estado atual.

Cada equipe é formada por sete jogadores, incluindo o guarda-redes, e seis suplentes e o campo de jogo é uma piscina de no mínimo 20 metros e no máximo 30 metros de comprimento – distância entre os dois gols – e no mínimo 10 metros e no máximo 20 metros de largura, com profundidade mínima de 2 metros. O gol é uma baliza de 3 metros de largura e 0,90 metros acima da água.

As duas regras básicas oficiais são: a bola não pode ser segurada com as duas mãos juntas por qualquer jogador, com exceção do guarda-redes e a bola não pode ser afundada por qualquer jogador quando atacado.

Brasil

A partir de 1900 a modalidade passou a fazer parte dos Jogos Olímpicos, sendo introduzido no Brasil pelo esportista Flávio Vieira, em 1913.

Após vencer as equipes de Argentina e Uruguai, em 1919, durante o 1º Campeonato Sul Americano de Polo Aquático, a seleção brasileira passou a ganhar grande destaque dentro dessa categoria esportiva.

Catanduva

Em nossa querida Catanduva, o esporte por aqui chegou por intermédio do esportista José Floriano Martins, um destacado proprietário rural de nossa cidade, onde em Rancho Flomar criava cavalos de raça mangalarga, obtendo inúmeras premiações na “Exposição Nacional de Animais e Produtos Derivados de Belo Horizonte”.

Já que era um homem que viajava muito e se hospedava nos melhores clubes de São Paulo e Rio de Janeiro, veio a ter contato com o referido esporte.

Graças ao vigor físico que possuía e o espetacular modo de nadar, veio a tornar-se um ótimo aquapolista.

E foi no Clube de Tênis que se deu a primeira formação de polo aquático em nossa cidade. Por volta de 1941, José Floriano Martins levou para esse clube uma bola apropriada para a prática de polo aquático e ministrou os primeiros ensinamentos para alguns colegas de natação, que apenas tinha ouvido falar pouquíssimo desse esporte até então. Mas foi o saudoso Nelson de Macedo Musa que foi o primeiro orientador desse esporte em Catanduva.

Competições

No dia 05 de abril de 1942, se realizava em Catanduva a primeira competição de polo aquático, participando jovens e adultos, frequentadores do Clube de Tênis.

Por ser uma novidade na cidade, o número de populares que se dirigiam ao referido clube foi imenso: todos queriam prestigiar a competição entre e equipe branca – tendo como padrinho o desportista Dácio Corrêa de Almeida – e a equipe azul – cujo padrinho foi o desportista Carlos Eduardo Nunes da Silva Filho.

Tendo como árbitro o professor Nelson de Macedo Musa, a equipe azul venceu a disputa por um placar de 10 X 6.

Com o passar do tempo, graças à dedicação e o empenho do orientador técnico, professor Nelson de Macedo Musa, Catanduva veio a ter ótimas equipes de polo aquático, tendo como destaque a surgida em 1944/1945 pelos então garotos iniciados em 1941.

Foto: Equipe de Polo Aquático do Clube de Tênis de Catanduva no ano de 1945, na piscina do clube. Em pé: Eduardo Elias, Pirajá Procópio de Oliveira, Roberto Mário do Amaral Lima, Riolando Rocha Ribeiro e Professor Nelson de Macedo Musa. Agachados: Walter Pellizzon, Eder Pedro Pellizzon, Cândido Procópio de Oliveira, Hélcio Bastos. Também fazia parte da equipe Sérgio Dias, que aparece de chapéu na foto