Pipa: entre a diversão e o perigo para a vida

A brincadeira de soltar pipa, outrora um símbolo de alegria e convívio social, tem sido desfigurada pela prática perigosa do uso de cerol. O cerol, uma mistura cortante de cola e vidro moído aplicada nas linhas das pipas, transforma um passatempo inofensivo em uma ameaça à vida. Essa prática irresponsável tem causado inúmeros acidentes, mutilações e até mortes, especialmente entre motociclistas e pedestres. O cerol representa um perigo constante para quem circula pelas ruas, transformando as linhas das pipas em verdadeiras armadilhas invisíveis. Atingir o pescoço de um motociclista, por exemplo, pode ter consequências fatais. Além disso, o cerol também causa ferimentos graves em crianças e adultos que manuseiam as pipas, resultando em cortes profundos e cicatrizes permanentes. Por isso, é fundamental conscientizar a população sobre os perigos do cerol e combater essa prática irresponsável. As autoridades devem intensificar a fiscalização e punir os infratores com rigor, exatamente como a Guarda Civil Municipal (GCM) faz de forma insistente, sobretudo nos períodos de férias escolares. Mais do que prudente, já que, nos últimos dias, muita gente já foi às ruas e terrenos baldios para levantar seus papagaios. Além disso, as escolas e as famílias também devem orientar as crianças sobre os riscos do cerol e incentivar o uso de materiais seguros para soltar pipas. A sociedade como um todo deve se mobilizar para preservar a tradição da brincadeira de soltar pipa, sem comprometer a segurança e a integridade física das pessoas. É preciso resgatar o espírito lúdico e saudável dessa diversão, afastando-a da cultura de violência e irresponsabilidade associada ao uso do cerol. Ao promover a conscientização, a fiscalização e a educação, podemos garantir que essa tradição continue a alegrar gerações, sem colocar em risco a vida de ninguém.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.