Pérolas do ‘Brasileirês’: frases bem nossas e bem doidas

O 7 de setembro está aí às portas e, independentes ou não, temos nossos próprios costumes e linguajares. Você já pensou na sopa de letras da língua brasileira? Somos mestras em truques linguísticos e podemos fazer com que até o estrangeiro mais experiente se perca em nossas falas. Enquanto o mundo inteiro cita grandes filósofos e líderes, nós, brasileiros, temos um repertório próprio de locuções que só nós entendemos - e nem sempre! Lá fora, Jesus Cristo resplandece com o seu "amor uns pelos outros", enquanto por aqui temos o deleite de explicar porque "este escritório parece a casa da Madre Joana". Lembre-se, somos tão fãs do arroz de Natal que podemos descrever alguém como "mais comum que este arroz". Não faça algazarra, ok? Ah, aquele com olhos no rosto.

Quem precisa de moedas quando você pode remunerar com os olhos, certo? E não me fale em chorar pitangas, que, como já sabemos, hoje é difícil. Mas sem reclamações, apenas um meme! Outra característica nacional é a matança de cães aos berros. Os estrangeiros vão se perguntar se as pessoas daqui têm problemas com animais e megafones. Qual é a história A luz adormece"? A luz zumbe quando brilha? Vá descobrir! Mas o verdadeiro espetáculo começa quando entramos na terra do conflito. Se alguém disser que a prova foi sopa", é melhor verificar se o pessoal educativo não cozinha demais. Se alguém disser "pego lá fora", chame um detetive. E se fome é comida Alguém pode me explicar quais são as opções? Com fome de abraçar? A saga continua com o famoso "ouvir para ver". Sério, isso faz sentido em algum cosmo? E o cara que "não sabe, mas sabe quem é"? Deve estar relacionado com Sherlock Holmes, só pode ser. Vai explicar para um gringo que estamos esperando o sol esfriar antes de agir. Isso mesmo, o sol tá queimando demais, melhor esperar um pouquinho. E a rua que vai para onde?

Nossa, parece aquela piada sem graça que todo mundo ri. Afinal, se a comida é boa e "dura até acabar", quem chegar tarde vai ter que comer a mesa? Mas a joia da coroa é quando alguém chega com um "nem te conto", só para contar tudo logo em seguida. Clássico da comunicação brasileira! E quando alguém diz "vou te contar, viu", mas nunca chega a contar?

Aí o gringo já perdeu o fio da meada, acredite. E para você que vive se perdendo por aí, a solução é simples: "segue reto toda vida". Quem precisa de GPS quando você pode ir em frente para sempre? E se alguém disser que tá seguindo reto, não acredite, tá mais perdido que cego em tiroteio! No fim das contas, a língua brasileira é uma montanha-russa de confusões que só nós entendemos.

E mesmo quando não entendemos, continuamos usando essas pérolas linguísticas como se fossem a coisa mais natural do mundo. Afinal, não somos apenas um povo, somos um show de comédia e criatividade!

 

Gregório José

Jornalista, radialista e filósofo

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Artigos de colaboradores e leitores de O Regional.